De um lado, a mecanização, e a eletrificação do
humano, de outro, a humanização e a subjetivação da máquina. É da combinação
desses processos que nasce essa criatura pós-humana que chamamos de “ciborgue”. (Donna J. Haraway)
Em 1960, Manfred
Clybes e Nathan Kline designam ciborgue como “Homem Ampliado”, aquele que
incorpora componentes externos ao seu corpo para melhorar sua condição de vida.
Sendo uma conjunção corpo-máquina, o primeiro
ciborgue era um rato de laboratório no final dos anos 50. Possuía uma bomba
osmótica que implantava substâncias químicas, provocando alterações fisiológicas.
Em 1985 Donna Haraway escreve um ensaio intitulado "Manisfesto ciborgue - Ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. Para Haraway, um ciborgue é um organismo cibernético, um híbrido
de máquina e organismo, uma
criatura de realidade social e também
uma criatura de ficção.
Em 1995, Gray, Mentor e Figueroa-Sarriera lançaram
um artigo intitulado “Cyborgoloy. Constructing the knowledge of Cybernetic
Organisms”. No qual consideraram ciborgues todo aquele com órgão, membro ou suplemento
artificial. Incluíram também todos os imunizados e todos os que faziam
psicofarmacologia para pensar ou comportarem-se ou sentirem-se melhor.
E apresentaram uma taxonomia das tecnologias-ciborgues, separando-as em:
Restauradoras: Restauração de algumas funções, com a
substituição de membros e órgãos perdidos – braço biônico.
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Jesse
Sullivan foi o primeiro homem a utilizar protéses
biônicas para os braços,
controladas pelo cérebro.
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O braço biônico funciona da seguinte forma:
Pensa no movimento > Impulsos elétricos vão até as células residuais do braço > Que são interpretadas por eletrodutos > O movimento é realizado pela prótese.
Pensa no movimento > Impulsos elétricos vão até as células residuais do braço > Que são interpretadas por eletrodutos > O movimento é realizado pela prótese.
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No dia 8 de outubro de 1958, o cirurgião cardíaco sueco Ake Senning, realiza o primeiro implante de marcapasso |
Normalizadoras: dão novamente ao organismo uma indiferente normalidade – marcapasso.
Reconfiguradoras: criação de pós-humanos – vacinas.
Melhoradoras: criação de organismos relativamente
melhores do que o ser humano padrão.
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